Dois corpos jazem nús na cama, atirados um para cada lado depois da fúria que os devassou. Repelidos pelo que antes os unia.
A mão dele segura um cigarro. Inspira o fumo em silêncio, e expira espirais cinzento-azuladas contra a luz da persiana num murmúrio teatral.
A mão dela, caída sobre a beira do colchão, segura um frasco de comprimidos. E, não respirando já, foi a primeira vez que se sentiu viva.
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