terça-feira, 26 de outubro de 2010

I damn you, i damn you, i damn you

- O que fazes aqui?
- Vim aqui para viver.



Estou a morrer, e este é um mundo que sangra.






On the last bus stop you told me to go sentimental.
Well... I guess i am.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Oh bummer...




Eu devia ter adivinhado. Os direitos de um gago que queria ser lucotor de rádio serem protegidos por uma espadachim de olhos vendados não iam ter um final auspicioso.



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Outras Rute Remédios - pt II

Visto numa t-shirt esta semana:




"Don't mock masturbation.
It's sex with someone i love"




Entendo a liberdade de expressão. Mas temos mesmo todos de ficar a saber como o rapazinho preenche as horas livres?

domingo, 17 de outubro de 2010

O outro lado do espelho

Partir? Ficar? Partir? Ficar?
Mergulhar em realidade, no frenético, nervoso e alucinante de todos os meus dias, os dias de um homem banal; ou modelar-me a esta realidade? Ficar, não emergir do sonho em que me mantenho acordado quando estou aqui contigo?
O teu lado do espelho é muito mais doce, mais estranho, mais autêntico, mais tudo e nada, e é essa contradição, esse agridoce, esse respirar debaixo de água que me faz querer perder-me.

sábado, 16 de outubro de 2010

Love? It's overrated - III

Luz e sombras. Tu e eu.

Fumo e espelhos. Nós.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Blasfémias & Cia

Ouvido hoje em parte incerta:


Aquela gente (mineiros chilenos) lá em baixo (na mina) tinha de ter muita fé. Faz sempre bem acreditarmos que está alguém acima de nós.


Verdade. E estava. Aí pelo menos uns 700 metros acima deles.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Chegaste lá sozinho ou tiveste ajuda?

Jornal de Notícias, Domingo, 10 de Outubro de 2010

"Há alunos que entram na Faculdade com notas altas e revelam-se maus estudantes e outros, que entrando com notas baixas, acabam por ser óptimos. A Universidade do Porto começa este ano a fazer um estudo para tentar perceber por que razão isto acontece.

«Tenho receio de que muitos estudantes tenham frequentado instituições que os preparam para fazerem exames e não para saber aprender. Isso depois no ensino superior vai dar mau resultado, porque eles vão ter de ser autónomos, compreender e saber resolver problemas e não só responder a questões em exames.
(...)
Não tenho a certeza de que a classificação que um estudante traz presa à cabeça (sic) seja um reflexo do que ele é. Pensamos que devemos ter uma intervenção mais directa na escolha dos estudantes que não seja só a classificação.»"

José Marques dos Santos
Reitor da Universidade do Porto


Helas! alguém se apercebeu do óbvio. De que ao longo dos anos grassa uma permissividade e um laxismo próximos de níveis grotescos no ensino português. Que assistimos a uma predominância de um sistema de avaliação quantitativo ao invés de qualitativo, e de o factor humano, vulgo "vocação", ter sido colocado de parte, reflexo da mercantilização da educação.
Assistimos ao longo dos anos a um facilitismo por parte das sucessivas tutelas do ensino em Portugal, tanto no acesso ao ensino superior, como no trajecto da escolaridade básica e complementar, num esforço de reforçarmos as estatísticas referentes à instrução da população por comparação com as nações ditas "desenvolvidas".
No entanto, no seguimento do modus operandi tipicamente português, esquecemo-nos do efeito pernicioso provocado pela ilusão dos resultados imediatos e a curto prazo, que em nada resolveram as questões de fundo do problema educacional. A total ausência de critério que não o quantitativo, a inexistência de espírito crítico na população estudantil, que é o produto directo das políticas de industrialização educativa, ao invés da análise, cultivo e acompanhamento do indivíduo no seu percurso, perverteram o sentido máximo da criação não só de uma população instruída, mas também educada e esclarecida em termos de valores humanos, cívicos e, porque não? (heresia) - filosóficos.

A Educação é uma coisa admirável. Mas é preciso lembrar,
de vez em quando, que nada do que vale a pena conhecer
pode ser ensinado.


Oscar Wilde

domingo, 10 de outubro de 2010

Toto, I've a feeling we're not in Kansas anymore

Hoje acordei com o sol bem alto. Está um frio incomum para a época, pairam nuvens ameaçadoras de chuva no ar na linha do horizonte. Os campos estão todos cobertos de uma tonalidade verde-esmeralda, as ovelhas correm do outro lado do rio ao longe. Ouve-se um bando de corvos a crocitar na mata de carvalhos lá em baixo junto da represa. O meu pai, do alto dos seus 1,68m e vestido de verde, parecia um leprechaun.
Os meus vizinhos já estão bêbados à uma hora da tarde.

Por momentos, tive a sensação de que me deitei ontem em Famalicão e acordei hoje na Irlanda.

Começo a notar um padrão aqui








Ando a ver coisas, é isso?

sábado, 9 de outubro de 2010

A trama adensa-se. A trama condensa-se. A trama dispensa-se.

Porque há canções realmente fantásticas.








5 days can change your world
5 nights can make it turn.
I damn you, aussie girl.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

L'ombelico del mondo

Gaguejar faz com que as pessoas fiquem presas ao meu discurso e ansiosas pelo final.
Literalmente.

Recursos estilísticos




Gaguez não é handicap.
Gaguez é reforçar uma ideia.












Uma porrada de vezes na mesma palavra.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A little, pretty, witty, charming she!

All these inconvenients are incident to love: reproaches, jealousies, quarrels, reconcilements, war and then peace*.

Ter. Eun. Act I; Sc I


Cada viagem para este lado do espelho corrói-me até aos ossos. Cada correria mais e eis que surgem os cabelos brancos, as úlceras gástricas, as rugas nos cantos da boca retorcidos e os nós dos dedos requebrados em tiques frenéticos, subprodutos da tua campanha nervosa sobre mim. O omnipresente e final "mas o que raio faço eu aqui?"
É o viajar para tentar encontrar um sentido e é no fim de contas encontrar a desilusão do tamanho do mundo que nos separa.
Como pode algo tão pequenino ter contidos demónios tão grandes?





* paz que não é necessariamente boa.

Slow dawn

Descobri que deixo de gaguejar em duas ocasiões: quando estou com os copos e quando não durmo. O que não entendo é para que serviram os anos da licenciatura da terapeuta, o dinheiro e o tempo gastos em terapia da fala. Aos 7 anos de idade, bastava terem-me dado uma garrafa de Jack Daniels e/ou ácidos. Tinha tido uma infância muito menos problemática por todas as razões e mais alguma. Isso, o fígado do Capitão Haddock e o savoir faire do Maradona.








Nota: antes que me ataquem (tem-se tornado moda...) :
Dra Helena Vilarinho, sou-lhe grato por todo o empenho, esforço e dedicação que me demonstrou ao longo do meu tratamento. Se não estou "curado", a culpa é minha;
Pai, mãe, vocês sabem que sempre fui um perito em queimar-vos dinheiro;
Jack Daniels, não perdes pela demora. Deixa-te andar.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Odes to one

Hoje perguntaram-me por ti. Quem eras e o que me eras.
Decidi não responder. Simplesmente és.




I'm nowhere and you're everything.