sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Jardinagem Aplicada

I can't go on digging roses on your grave.





Umas coisas morrem. Outras nascem.
Every new beggining comes from some other beggining's end.




segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Síndrome "My Name Is Earl"

Entrei numa espécie de prisão kármica; e o Universo acabou de mandar um sabonete para os meus pés.




O dia promete....

sábado, 14 de agosto de 2010

Word

"Questiona tudo!!!"

































... porquê...?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Verdades



É um debate com mais de duzentos anos, o que Emanuel Kant e Benjamin Constant travaram. E eu inclino-me, irremediavelmente, para Constant: torcer um bocadinho a verdade pode ser útil. Já Kant dizia que se um assassino nos pergunta pelo vizinho, é imperativo dizermos onde ele está.



Teorema da "Trela Curta" : da política ao amor

- "E os homens têm menos receio de ofender alguém que se faça amar do que alguém que se faça temer; porque o amor mantém-se por laços de obrigação que os homens, por serem maus, rompem sempre que surge ocasião mais proveitosa; o medo, porém, mantém-se pelo temor do castigo, que nunca os abandona."


- "Portanto, voltando ao que disse acerca de ser temido ou amado, concluo que, dado os homens amarem segundo a sua vontade e temerem segundo a vontade do príncipe, deve um príncipe sábio basear-se no que é seu e não no que é de outros, e deve apenas usar de todo o seu engenho para não ser odiado."


"O Príncipe"
Maquiavel


(É de mim, ou ando a ler coisas onde elas não existem?)


"Res dura, et regni novitas me taglia cogunt
Moliri, et late fines custode tueri"
Eneida, I, 563-564

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

He's got the whole wide world (in his head)

"Chegada a noite, retorno a casa e entro no meu quarto; à porta, deixo as roupas quotidianas, cheias de barro e lodo, visto roupas dignas de rei e, vestido assim condignamente, penetro nas antigas cortes dos homens do passado onde, por eles recebido amavelmente, me nutro daquele alimento que é só meu e para o qual nasci; não me envergonho ao falar com eles e perguntar-lhes das razões das suas acções.
Eles, por humanidade, respondem-me e não sinto durante umas horas qualquer tédio, esqueço todas as aflições, não temo a pobreza, não me amedronta a morte; transfiro-me inteiramente para eles."




Temo que a esquizofrenia adquira contornos demasiado subtis para quem se acha são; que viva no nosso vão de escada. E que se deite connosco na cama.



"Para ser rei, só lhe faltava o Reino."
Justino

sábado, 7 de agosto de 2010

Ao meu avô

Guardo para sempre comigo o momento em que o meu avô chegou de viagem há muitos anos atrás. Era já bem tarde quando chegou a casa, que tinha ficado sob minha responsabilidade na ausência dele, e só isso já me fazia sentir "crescido" do alto da minha adolescência galopante em necessidade de afirmação. Chegou como qualquer idoso, cansado mesmo depois de duas semanas de férias, mas com a energia que sempre lhe conheci e que ainda hoje, volvidos 10 anos, ele continua a manter.
Por entre os beijos, os abraços e as recordações trazidas do mundo para mim desconhecido mas certamente maravilhoso dos Algarves, vejo-o nem cinco minutos aguentar em casa, virar costas sem sequer despir a roupa da viagem, e caminhar para a entrada.
Levanta-se logo a voz da minha avó "mas onde vais tu a estas horas?", justamente, já que há uma da manhã não há muitas outras perguntas que possam fazer-se a quem chega de mais de 8 horas de caminho. O meu avô vira-se e respondeu-lhe com um ar solene e ainda assim com a simplicidade da constatação da coisa mais óbvia do mundo "vou dar uma volta lá em baixo, ver as coisas que eu vi crescer, as coisas que eu amo."
Hoje que é a minha vez de chegar de viagem, tenho pena de não ter comigo as coisas que amo. Ainda mais as pessoas. Mas guardo bem gravada na memória a recordação dessa ternura de quem viu mil vidas crescerem em frente dos seus olhos.
Um dia quero ter essas coisas.
Um dia, avô, quero ser como tu.