terça-feira, 13 de abril de 2010

Lembro-me

Adoro quando sorris. Nestes dias que cortam como papel sorris menos. Outras vezes sou eu que me esqueço. Mas quando sorris a vida pára, suspende-se de espanto, detém-se no segredo absurdo do impossível. Sabes que um sorriso é uma janela escancarada para a eternidade? Quando sorrimos não temos idade, somos jovens, maduros e velhos ao mesmo tempo pois, quando sorrimos estamos mais alto, mais longe, intocáveis, somos a vida que sai da alma, o amor que ultrapassa tudo. Sim, quando sorris a vida faz sentido, é o instante em que tudo é possível, o momento em que todas as pontas se juntam. Por isso adoro. Quando sorris.

Os dias de um homem banal, Carlos Geadas



De quando os dias tinham outra côr.

Sem comentários: